SE PUDESSES VER…

Se pudesses ver através de meus olhos…
Verias dias sem tempo,
Verias um futuro sem anos.

Se pudesses ver através de meus olhos…
Verias meus cabelos brancos;
Verias minhas mãos, com as marcas do tempo,
descansando entre as tuas;
Verias nossas pernas pesadas percorrendo, sem pressa,
caminhos por onde não tivemos tempo de andar.

Se pudesses ver através de meus olhos…
Verias nossos corpos cansados repousando no
corpo do outro, buscando o calor que os anos roubaram;
Verias meu sorriso marcado pelo tempo,
te verias nele, porque ele é o resultado
da minha vida a teu lado.

Se pudesses ver através de meus olhos…
Verias nossas palavras converterem-se em canções,
porque elas representam o significado da vida em nós mesmos.
Verias dias tristes transformarem-se em esperança.
Esperança que cada um a partir de seu lugar no mundo
pôde transmitir aos outros.

Se pudesses ver através de meus olhos…
Verias que nada foi inútil, que com erros e acertos
a vida pode ser intensa e serena ao mesmo tempo.
Verias que não se pode descansar na sombra de milhões,
Verias que milhões podem receber tua essência
e tu a deles, mas no final de tudo só um é necessário.

Se pudesses ver através de meus olhos…
Verias que a liberdade não serve se não for compartilhada.
Me verias de branco, com coroa de flores;
Verias essas flores jogadas ao mar;
Verias que te amo… Além do tempo.

GRACIELA PAIZ

Ole1 Ana,Muito obrigada por todas as suas ugsestf5es, os suculentos era uma das minhas ideias, talvez com uma bandeirinha como trazem os manjericos com o nfamero da mesa.Gostei muito das flores de cores vivas.Mais uma vez obrigada pelo vosso empenho e carinho.Jinhos Rita

Amigos & camaradas: Ainda estare1 vivo, hoje, o morto-vivo do Quirafo ? c9 imtatponre, para todos nf3s, ajudarmos o c1lvaro Basto, o Paulo Santiago e o Casimiro Carvalho a localizar o nosso camarada Antf3nio da Silva Batista, o morto-vivo da emboscada do Quirafo (em 17/4/72) e que voltou e0 sua terra, Moreira-Maia, tendo em Setembro de 1974 depositado um ramo de flores na sua prf3pia campa, no cemite9rio de Crestins, Maia!... Uma estf3ria, macabra, de fazer arrepiar os cabelos!... Como e9 que os burocratas do exe9rcito o deram como morto em 17/4/72, sem a mednima preocupae7e3o em localizar e identificar o cade1ver ?... E como e9 que mandam para Crestins um caixe3o vazio ?Na realidade, valedamos todos muito pouco, aos olhos da hierarquia poledtico-militar que nos mandou para a guerra... E como e9 que a poderosa PIDE/DGS ne3o descobriu o seu paradeiro na Guine9-Conacri ? O Batista pertencia e0 CART 3490, do Saltinho (1972/74), a mesma a que pertenceu o nosso camarada, membro da nossa tertfalia, Joaquim Guimare3es, hoje a viver nos EUA. O Batista, tal como todos nf3s, valia muito pouco... Na realidade, ele ne3o valia nada, nf3s ne3o valedamos nada...Um Alfa Bravo. Lueds